segunda-feira, 27 de outubro de 2008

dominiopublico

.gov.br.

Alguém pode me explicar por que ninguém usa???

Acesse, pelamordedeus!
http://www.dominiopublico.gov.br

Pinturas, fotografias, vídeos, músicas, livros inteeeiros. Tudo de graça, pra eu e pra você.

Cortesia do governo federal u.ú

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sequência


{Pink Spider ~ hide}


{Forever Love ~ X-Japan [hide's funeral]}


{Pink Spider ~ X-Japan [hide Memorial Summit 2008]}

Coisa mais linda da tia!


*morre de paixão*

P/ Henri, review do show do TOSHI

(com todas as abreviações e erros de português - a preguiça me condena)

Tinha pouca gente. Tinha uma maioria usando fantasias bizarras, que incluiam cabelos tingidos até a morte, muitas coisas listradas/xadrez/pretas/coloridas em tons berrantes, bichinhos de pelucia, cabelos arrepiados, fatiados e picotados e, em alguns casos, sapatinhos boneca de lacinho e salto alto (!!!) e laços cor-de-rosa na cabeça. Mas havia gente vestida normal (ou simplesmente cosplayada de baleia - meu caso).

Chegamos lá, fizemos fila, houve todas aquelas maluquices nerds e otakus q vc vê no evento de anime mais próximo, o show começou duas horas e meia depois do programado, não lotou (já mencionei que tinha pouca gente?), tava fácil ficar lá na frente. Quando o pé de todo mundo já tava doendo, o Toshi veio, cantou umas musicas solo boas dele... e umas bregas tb.

Não teve X-Japan. Ele cantou a 20th Century Boy, q ele cantava na época do X, mas essa música não é do X, é cover de uma banda dos anos 80 chamada T-Rex. Na verdade, Placebo tb ja fez cover dessa musica, embora eles não tenham sido cara-de-pau o suficiente pra cantá-la nos shows q fizeram no Brasil... bem, o Toshi foi. Peroba nele!

Uma coisa bacana do show foi que ele cantou Earth in the Dark, a principal música dele, em português. Também disse várias palavrinhas soltas em português, aquela macacada que todo artista internacional simpático faz pros fãs brasileiros, né? Mas me emocionou mesmo assim. O legal da coisa da Earth in the Dark, é q ele fez a música em japonês, mas depois ela ganhou versão em inglês, coreano (qdo ele fez show na Coréia) e espanhol (que ele cantou no Chile nesse último sábado). Foi bacana ele fazer em português tb. Acabei ficando com os zoim cheio d'água nessa hora.

(Li pro Thi o meu review e ele achou que faltaram informações, então vou acrescentá-las aqui nesses parêntesis: O Toshi jogava água no público. Tipo, ele virava as garrafinhas de água mineral. O Thi se amarrou, ficou todo ensopado - eu cobria a cabeça @@". Ele ria muito qdo fazia isso, acho que tava se divertindo horrores. Os caras que tavam tocando com ele eram os membros de uma banda chamada Charlotte. Eles são simpáticos e tavam surpreendentemente bem vestidos pro show do Toshi - normalmente eles vestem umas roupinhas coloridas de coxa de fora, pra combinar com as musiquinhas meia-boca que normalmente cantam. Eles aprenderam muitas palavrinhas em português e brincaram com o público. O mais simpático era um dos caras da guitarra, o Touya. Ele dava sorrisos fofinhos. A galera chamou muito por X-Japan, fazendo X com os braços e gritando "We are X!". Acho que o Toshi não curtiu muito, porque ficou gritando "We are T-Earth!" e fez o público repetir. Também jogaram uma camiseta do X no palco, ele pegou, viu o que era, deu um beijo e jogou de volta. Mas ele ficou feliz quando todos cantaram "happy birthday to you", pq o aniversário dele tinha sido na antevéspera. Ele tb se enrolou na bandeira do Brasil, o que foi bem simpático. Antes do show começar, todos os fãs da fila assinaram numa bandeira do Brasil alterada pra ter o logo do X-Japan no lugar da bola azul. Essa bandeira foi jogada no palco tb, mas ele ficou com ela, enrolou no corpo e tal. Foi carinhoso.)

Cedo demais o show acabou, e então a gente teve a oportunidade de gastar uns 50 a 70 reais nos CDs dele, pq quem tivesse CD podia subir lá pra saletinha onde um monte de staffs xiitas te conduziam a uma situação em que o Toshi assinava o encarte do seu CD, vc tinha uma chance de dizer qualquer palavra em japonês ou inglês que surgisse na sua cabeça e, talvez, receber um sorrisinho, uma palavra em resposta ou um aperto de mão. Tudo muito rápido, porque os staffs malvados ficavam bafejando na sua nuca.

Isso me deu uma saudade danada do Anime Friends, quando eu fui na tarde de autógrafos dos cantores das músicas dos Cavaleiros do Zodíaco. Eu super troquei idéia em inglês com um deles, e ganhei de um outro um beijo na bochecha. Bons tempos.

Mas tudo bem, vai. Apertei a mão do Toshi por um segundo e meio, e acho que ele ouviu o "arigatou, Toshi-san" que eu balbuciei na hora. Ah, e qdo ele me entregou o encarte do CD, meteu o polegar em cima da tinta fresca, então tenho uma amostra da digital dele! \o/ (fã se contenta com pouco, né?)

Mas é isso ^^

Sampa


Esse fim de semana fui a São Paulo pra fazer três coisas: ver minhas amigas, assistir à peça "Caderno da Morte" e - fator motivador da viagem - assistir ao show do TOSHI!

Ver as amigas foi incompleto porque, apesar de ter passado o findi todinho com a minha Nana e ter visto a Ana boa parte do sábado, a Bia e a Sill não puderam ir, e fizeram muita falta!

Com a peça de teatro tive mais sorte, porque "Caderno da Morte" superou todas as minhas expectativas. Imagine só, uma peça de menos de duas horas, gratuita, em um teatro pequenininho no Sesi, encenada por um grupo relativamente pequeno de atores tendo sua história inspirada em um dos animes mais complexos e interessantes que eu já vi, o Death Note... bom, há de concordar que tinha muito o que dar errado.

Mas foi maravilhosa. Os atores eram perfeitos fodas de Deus (destaque para o L e o Ryuuk), e conseguiam com pouquíssimos recursos criar um clima perfeito pra história. E a história foi muito bem contada, de forma leve, com momentos tensos, engraçados, emocionantes... enfim, foi bom demais! Aconselho a todos que vejam, se puderem. Vai ficar em cartaz até 23 de Novembro.

O show também superou expectativas.

Vou confessar que não gostei muito das músicas do T-Earth, nem sou lá muito fã do TOSHI porque sou uma daquelas inconformadas com aquela história dele se converter à tal da Healing Music e largar o X. Na verdade, ouvindo o album, gostei muito mesmo de uma música, achei mais duas legais e as outras ficaram numa escala entre "medíocre" e "não gostei". Mesmo assim tava animada pro show porque desertor ou não o TOSHI é o TOSHI e isso não pode ser desprezado. E também, a (des)organização do show prometeu música do X.

Escrevi uma review mais completa a pedido da Henri e postei lá no forum, e tô pensando em fazer um x-post da review aqui no brógui, só pra simplificar. Então nem vou me alongar muito. Basta dizer que acabei muito mais empolgada com o show conforme ele foi se aproximando, e no próprio dia inclusive todas as músicas pareceram bem mais legais do que antes. E então, quando o TOSHI subiu ao palco, acabaram-se todas as nossas diferenças e eu berrei por ele de todo coração.

Em suma, o show foi foda!

Mais detalhes no próximo post, contendo a tal review. =P

domingo, 5 de outubro de 2008

Plantão Areia-Movediça


Aqui no Vale das Tarefas Intermináveis houve recentemente uma tempestade de trabalhos, que derrubaram minha sanidade mental, alagaram meus pensamentos e destruíram toda e qualquer possibilidade de relaxamento e diversão.

A previsão para esta semana é de que a chuva de trabalhos continue, e ouçam bem: respirar está fora de questão! No estúdio, a lista de tarefas não pára de crescer. O repórter especial Caderno Atarefado tem um boletim completo:

- Aqui nas Vias Trabalhosas as coisas não estão fáceis! Surgiu uma página com uma lista de tarefas imensa. De vez em quando, o Sr. Lápis 6B consegue cortar um dos itens, mas para cada um cortado, surgem aproximadamente mais dois. O fim de semana foi complicado, com muitos trabalhos manuais, desenhos e trabalhos escritos sendo concluídos, mas a lista sempre parece crescer. Mas baseado nas experiências dos outros anos, a perspectiva é de que piore até Novembro.

Obrigada, Caderno. A questão é que está tudo uma loucura, a cidade está em estado de calamidade. Por causa das eleições para prefeito de hoje, Lalinha perdeu um dia inteiro de trabalho, atrasando ainda mais o trabalho do Sr. Lápis 6B. A tendência é que alguns prazos se percam.

Nesse meio-tempo, vários departamentos decretaram estado de calamidade privada. A Congregação dos Articulados está muito atrasada, todos os amigos estão deixando mensagens do tipo "você sumiu!" e os projetos pessoais estão todos em pause. Isso se torna especialmente complicado com o episódio novo de Dexter que sai ainda hoje para baixar na internet, e a instalação do novo pacote de expansão do The Sims 2, o Vida de Apartamento.

A tendência é que Lalinha surte até o fim de semana quando, enfim, ela terá uma chance de descansar um pouco e assistir ao show do Toshi, vocalista da banda de J-rock X Japan.

Aguardem para novos boletins aqui no Plantão Areia-Movediça, direto da mente conturbada de Lalinha. Boa noite.

PS (malcriado sim, e daí?): A foto é do hide. E ela está nesse post porque eu gosto do hide. Se gostou, muito bem. Se não gostou, pílulas! E tenho dito u.ú

Arte-Educação

A atual situação do mundo ocidental é preocupante. O racionalismo e o individualismo extremos, a desvalorização dos sentimentos, do lúdico e da natureza conduziram o Ocidente a uma expansão tecnológica sem precedentes, mas também a uma terrível atrofia do ponto de vista humanitário.

As guerras constantes, a cobiça inesgotável e o total desprezo pelas necessidades do outro são apenas alguns exemplos das pragas do mundo atualmente. Existem outras deformidades, uma mais apavorante do que a outra, e todas deixam uma sensação fatalista no ar: a de que a civilização ocidental acabará por devorar todos os recursos que a natureza oferece, acabando assim por devorar a si própria.

Neste clima apocalíptico surge a Arte-educação, não como uma solução final, mas como um caminho, uma forma de encontrar alguma luz para o problema. Porque todo esse racionalismo, a produção desenfreada e o individualismo generalizado apontam para uma necessidade de sensibilização. Um retorno aos sentimentos, à empatia, ao jeito orgânico e coletivo de ser-e-pensar.

A tudo isso a arte engloba: os Símbolos da arte falam da universalidade, do coletivo, do conhecimento do outro, da compreensão do outro. Ela amplia as percepções e os horizontes, fazendo com que o observador entre em contato com seus sentimentos, com o seu eu, seus sonhos, sua imaginação.

E que melhor lugar para aprofundar os Símbolos da arte do que no ambiente escolar? As mentes, ainda em formação, estão prontas para desenvolver a empatia, o sentimento e a imaginação necessárias para virar essa mesa, se estimuladas corretamente. A escola que há atualmente traz já respostas prontas a questões que nem sempre são as dos alunos, e age com objetividade e utilitarismo, dando como conteúdo aquilo que se acredita necessário, mesmo que o próprio aluno não veja utilidade ou necessidade. Isso acontece porque o programa das disciplinas é pré-fabricado, padronizado, mas os estudantes não são. E todo o objetivo da escola atual é gerar pessoas-máquinas, que executarão suas tarefas e competirão com toda a força do seu individualismo no mercado de trabalho.

É um círculo vicioso, onde o utilitarismo alimenta a si mesmo, suprimindo tudo o que considera inferior e desnecessário: o sentir, o sonhar, a criatividade, a imaginação e a utopia.

A proposta da Arte-educação não é simplesmente incluir mais uma disciplina na escola que atualmente existe, chamada Educação Artística, num esforço de dar aos alunos um contato com a arte, seus Símbolos e seus benefícios. A Arte-educação busca, antes, um novo modo de ensinar todas as disciplinas presentes no currículo escolar, levando em consideração o educando, seus interesses, sua construção de mundo.

Busca incluir educadores em um sistema que agora alimenta professores-burocratas, quebrar a ordem utilitária da educação para dar voz a mestres e alunos, para colocar expressão, criação e percepção onde agora há apenas uma travessia autoritária de verdades incontestáveis. Busca acordar em todos a visão de que somente a razão, o trabalho e o consumo não levarão a outro lugar que a destruição dos recursos e, consequentemente, do planeta. Busca abrir espaço para os projetos e utopias que, na verdade, são o que move o mundo, o que possui o poder de alterar a realidade. Busca equilibrar as forças, e criar uma sociedade mais consciente, completa, íntegra. Busca, por fim, reforçar os laços culturais e interculturais, no intuito de banir a dominação e a padronização, ambas tão maléficas para a formação e sustentação de um povo.

Na Arte-educação, portanto, vive uma possibilidade de resgatar dentro de cada um os próprios meios e ferramentas para se mudar o mundo e chegar a um futuro melhor, por utópica que essa idéia possa parecer agora. Mas é como disse o poeta francês Lamartine: “As utopias são verdades prematuras.”

Educação...

"(...) Educadores, onde estarão? Em que covas terão se escondido? Professores, há aos milhares. Mas professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão; é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança.

Profissões e vocações são como plantas. Vicejam e florescem em nichos ecológicos, naquele conjunto precário de situações que as tornam possíveis e - quem sabe? - necessárias. Destruído este "habitat", a vida vai se encolhendo, murchando, fica triste, mirra, entra para o fundo da terra, até sumir.

Com o advento da indústria como poderia o artesão sobreviver? Foi transformado em operário de segunda classe, até morrer de desgosto e saudade. O mesmo com os tropeiros, que dependiam das trilhas estreitas e das solidões, que morreram quando o asfalto e o automóvel chegaram. Destino igualmente triste teve o boticário, sem recursos para sobreviver num mundo de remédios prontos. Foi devorado no banquete antropofágico das multinacionais. E os médicos-sacerdotes? Conseguiam sobreviver, em parte porque as pessoas ainda acreditavam nos chás, cataplasmas, emplastros, simpatias e rezas de comadres e curandeiras. Foi em parte isso o que impediu que se amontoassem nos consultórios do único médico do vilarejo. Além disso, o tempo durava o dobro. Por outro lado, a ausência dos milagres técnicos fazia com que as soluções fossem mais rápidas e simples. Bem dizia a sabedoria popular: "o que não tem remédio, remediado está". Também a morte era uma solução.

E o educador?

Que terá acontecido com ele? Existirá ainda o nicho ecológico que torna possível a sua existência? Resta-lhe algum espaço? Será que alguém lhe concede a palavra ou lhe dá ouvidos? Merecerá sobreviver? Tem alguma função social ou econômica a desempenhar?

Uma vez cortada a floresta virgem, tudo muda. É bem verdade que é possível plantar eucaliptus, essa raça sem vergonha que cresce depressa, para substituir as velhas árvores seculares que ninguém viu nascer e nem plantou. Para certos gostos, fica até mais bonito: todos enfileirados, em permanente posição de sentido, preparados para o corte. E para o lucro. Acima de tudo, vão-se os mistérios, as sombras não penetradas e desconhecidas, os silêncios, os lugares ainda não visitados. O espaço se racionaliza sob a exigência da organização. Os ventos não mais serão cavalgados por espíritos misteriosos, porque todos eles só falarão de cifras, financiamentos e negócios.

Que me entendam a analogia.

Pode ser que educadores sejam confundidos com professores, da mesma forma como se pode dizer: jequitibá e eucaliptus, não é tudo árvore, madeira? No final, não dá tudo no mesmo?

Não, não dá tudo no mesmo, porque cada árvore é a revelação de um "habitat", cada uma delas tem cidadania num mundo específico. A primeira, no mundo do mistério, a segunda, no mundo da organização, das instituições, das finanças. Há árvores que tem uma personalidade - e os antigos acreditavam mesmo que possuíam uma alma. É aquela árvore, diferente de todas, que sentiu coisas que ninguém mais sentiu. Há outras que são absolutamente idênticas umas às outras, que podem ser substituídas com rapidez e sem problemas.

Eu diria que os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um nome, uma "estória" a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os ligam aos alunos, sendo que cada aluno é uma "entidade" "sui generis", portador de um nome, também de uma "estória", sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo pra acontecer neste espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal.

Mas professores são habitantes de um mundo diferente, onde o "educador" pouco importa, pois o que interessa é um "crédito" cultural que o aluno adquire numa disciplina identificada por uma sigla, sendo que, para fins institucionais, nenhuma diferença faz aquele que a ministra. Por isto mesmo professores são entidades "descartáveis", da mesma forma como há canetas descartáveis, coadores de café descartáveis, copinhos de plástico de café, descartáveis.

De educadores para professores realizamos o salto de pessoa para função."

{Rubem Alves ~ O Preparo do Educador}

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Boi Bumbá [2]

Sou bicho feito do mato
Não tenho medo de voar...
Não tenho medo da escuridão,
Saci-pererê, assombração
Curupira, carcará...

O olho é livre pra chorar,
A boca é livre pra sorrir...
Toda hora é hora de amar,
Todo tempo é tempo de sonhar,
Pra abraçar, pra sentir.

Êêêê...... Boi Bumbá!
Bumba-meu-boi, bumba meu Boi Bumbá
Meu Boi Bumbá...

A noite é feita pra cantar...
O dia tem tanto pra nos dar
É perder o trem, mas caminhar
Contar estrelas, desejar
O que o coração pedir...

O olho é livre pra chorar...
A boca é livre pra sorrir!
É perder o trem, mas caminhar
Contar estrelas, desejar
O que o coração pedir.

{Boi Bumbá - Arleno Farias}

Boi Bumbá