quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Eu, hoje.

Parece cocaína
Mas é só tristeza
Talvez tua cidade
Muitos temores nascem
Do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora
Da virtude que perdemos...

Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro...

Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso...

Os sonhos vêm e os sonhos vão
E o resto é imperfeito...

Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira...

E há tempos
Nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
E há tempos são os jovens
Que adoecem
E há tempos
O encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
Só o acaso estende os braços
A quem procura
Abrigo e proteção...

Meu amor!
Disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem (Ela disse)
Lá em casa tem um poço
Mas a água é muito limpa...

Por interesse

“Nada que não possua um objetivo a atingir, um resultado a conquistar, um enigma a resolver, um mistério a penetrar, me interessa.”
{Pablo Picasso}

domingo, 16 de agosto de 2009

Continuando aquele velho raciocínio de sempre:

Será que sou eu que espero demais (e devia aprender a não esperar nada),
Ou será que é você que me decepciona demais (e devia ser melhor comigo)?


Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?


Categoria: perguntas sem resposta.

domingo, 9 de agosto de 2009

As coisas mudaram desde

a última vez em que estive aqui.

Eu continuo emotiva e chorona, corajosa e determinada, louca e desvairada, apaixonada e amorosa, teimosa e pentelha, criativa e cheia de imaginação, falante e chata. Continuo alegre. Continuo amando gente. Continuo triste. Continuo com a solidão interna. Continuo essa contradição ambulante, cheia de extremos, que berra sim e grita não, murmurando às vezes um talvez, quem sabe.

A única diferença é que agora eu lavo minha própria roupa e meu próprio banheiro. É que eu já não fico mais sentada com um grupo de amigos vendo o tempo passar e o sol se pôr (que pena!). É que às vezes, de noite, a saudade que eu sinto é da mamãe, do papai e da vovó. É que de repente eu me pego pensando em contas e em supermercado, e tomo umas decisões que me convencem que eu cresci, cresci sim. Estou grande. Entrei pro clube. Virei adulta.

Aí bate aquela vontade de voltar um pouquinho só, só um pouquinho... voltar pro colo da mamãe, pro círculo dos amigos. Voltar pra sala da faculdade, voltar pros trabalhos de virar a noite fazendo. Voltar praquela época em que se eu queria mesmo mesmo dormir a manhã toda e matar aula, eu até que podia, se fosse com moderação. Voltar pra quando eu sonhava tanto com minha casa, meu casamento, ter minhas coisas e minha vida... o que, como é? Eu quero voltar pra poder sonhar com o que eu tenho agora? Ééé, não disse que ainda sou louca desvairada? Tá lá, ó, na segunda frase do post.

Não é que o agora é ruim, pelo contrário! Nem que antes era uma maravilha. Não é isso. É complicado.

Por um lado, claro, é que eu queria tudo, gente. Queria todas as qualidades do ontem e do hoje. Tudo condensado no mesmo momento maravilhoso. Queria ter marido E papai e mamãe pertinho. Queria ter minha vida E alguém que lave minhas roupas! rs Um daqueles casos de ganância extrema, sabe?

Por outro lado... é que eu to vivendo o sonho que eu sonhei por uns cinco anos seguidos, né gente? Eu sonhei esse tempo todo, desejei, planejei, e aqui está! Aqui estou! E é bem como eu queria. Só que...

Só que...

Só que... e agora, gente? Eu sonho com o que?

sábado, 8 de agosto de 2009

No Frontiers



Se a vida é um rio e seu coração é um barco
E exatamente como a água, baby baby, nascida para flutuar
E se a vida é um vento selvagem que sopra no alto
E seu coração é Amelia, ansiosa para voar

O Paraíso não conhece fronteiras
E eu vi o Paraíso em seus olhos.

E se a vida é a sala de um bar no qual devemos esperar
Perto do homem cujos dedos estão no portão de marfim
Onde nós cantamos até o amanhecer dos nossos medos e dos nossos destinos
E nós empilhamos todos os mortos em suas próprias sepulturas

Em seu olhar, frágil como o canto de uma cotovia
Que de alguma forma esta noite escura
Sente-se aquecida pela fagulha
Aquecida pela fagulha
Segurando-nos até o dia
Em que o medo perca o seu poder
E o Paraíso encontre o caminho...

O Paraíso não conhece fronteiras
E eu vi o Paraíso em seus olhos.

Se a sua vida é uma cama áspera, de espinhos e de pregos
E seu espírito é escravo dos chicotes do homem e das gaiolas do homem
Onde você tem sede e fome do que é justo e correto
E seu coração é a pura chama da constante noite do homem.

Em seu olhar, frágil como o canto de uma cotovia
Que de alguma forma esta noite escura
Sente-se aquecida pela fagulha
Aquecida pela fagulha
Segurando-nos até o dia
Em que o medo perca o seu poder
E o Paraíso encontre o caminho,
E o Paraíso encontre o caminho...
Quando todos nós nos harmonizemos
E conheçamos o que está em nossos corações
O sonho vai se realizar

O Paraíso não conhece fronteiras
E eu vi o Paraíso em seus olhos.

O Paraíso não conhece fronteiras
E eu vi o Paraíso em seus olhos.

Magia

"Eu normalmente penso que eu poderia acreditar em mágica, pois eu tenho visto ou imaginado, em homens e mulheres, em casas, em objetos, em quase todos as visões e sons, um certo mal, uma certa feiura, que vem com a morte lenta através dos séculos de uma qualidade da mente que faz essa crença e suas evidências comuns pelo mundo."

— William Butler Yeats, “Magic”