sábado, 31 de maio de 2008

E se...



Olha, gente, essa daqui é a minha cara:


Aqui você se senta na sua cadeira alta
Eu me pergunto como é a vista daí
Eu não saberia, porque gosto de me sentar
No chão, é, no chão.

Se você quiser, podemos jogar um jogo.
Vamos fingir que somos iguais
Mas você vai ter que olhar mais de perto
Do que agora, mais perto que agora.
Mas eu não tenho mais que ficar aqui
Eu não ligo pro que você pensa de qualquer jeito
Porque eu acho que você estava errado a meu respeito
E se você estava? Se você estava?

E se eu for uma tempestade de neve queimando?
E se eu for um mundo ao avesso?
E se eu for um oceano,
Muito superficial, profundo demais?
E se eu for o mais bondoso dos demônios?
Algo em que talvez você não acredite.
E se eu for uma sereia,
Cantando para fazer adormecer os cavalheiros?

Eu sei que você já me entendeu
Me diz tudo sobre mim
E eu posso até aprender uma coisa ou duas
Só sobre você, talvez sobre você.
Sou a outra ponta do seu telescópio
Eu não mudo pra me ajustar à sua visão.
Porque estou presa por uma esperança frágil
Entre as minhas mãos, bem entre as minhas mãos.

E você fecha os olhos quando eu digo que vou me libertar
E coloca suas mãos sobre seus ouvidos
Porque você não aguenta acreditar que eu não sou
Aquela menina perfeita que você pensou
Bem, o que eu tenho a perder?

E se eu for um salgueiro chorão?
Rindo lágrimas no meu travesseiro
E se eu for uma socialite que quer ficar sozinha?
E se eu for um leopardo sem dentes?
E se eu for um pastor sem rebanho?
E se eu for um anjo,
Sem asas pra voltar pra casa?...

Você não me conhece,
E nunca vai me conhecer
Eu estou fora da moldura do seu quadro
E o vidro está quebrando...
Você não consegue me ver,
E nunca vai conseguir
E nem nunca vai querer ver...

E se eu for um deserto populoso,
Muita dor com pouco prazer?
E se eu for o lugar mais legal
Que você nunca quer conhecer?
E se eu não souber quem eu sou
Isso nos impediria de tentar descobrir?
E quando você conseguir,
Tenha a certeza de me explicar...

E se eu for uma tempestade de neve queimando?
E se eu for um mundo ao avesso?
E se eu for um oceano,
Muito superficial, profundo demais?
E se eu for o mais bondoso dos demônios?
Algo em que talvez você não acredite.
E se eu for uma sereia,
Cantando para fazer adormecer os cavalheiros?


{Emilie Autumn ~ What If}

domingo, 25 de maio de 2008

Equação



+



=



Como diria o Thiago: Pure Coolness + Pure Cuteness = Devil May Caramelldansen!

hohaoheihaoehaiehuahoeha

xDDDDDDDDDDDD~~~




... tá bom, parei -_-

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Cathie Jung

Descobri uma coisa que dá mais medo que Fatal Frame: Cathie Jung.

Ela é uma Tight Lacer - ou seja, uma pessoa que faz Tight Lacing. Tight Lacing é um treinamento pra afinar a cintura que você faz com o uso prolongado de corset, cujas horas de uso diário vão sendo incrementadas progressiva e continuamente. Isso por si só não é problema. O Tight Lacing é uma prática muito interessante, que dá uma cinturinha biita tipo ampulheta e uma postura elegantérrima, invejável. O problema do Tight Lacing de Cathie Jung é o extremo a que ela chegou: uma cintura com o diâmetro de um CD.

O resultado é tão apavorante que deixa os fantasmas do Fatal Frame no chinelo:



E aí? Assustou? Eu sabia! u.u

Eu mesma ando ensaiando meus Tight Lacings... mas não se preocupem, não tenho a disciplina da Cathie Jung, nem a disposição que ela tem, de praticar o treinamento já há mais de 15 anos...

Pra quem quiser se assustar mais ainda, dá uma olhada, nesse link, pros raios x q a muié tirou antes e depois da aventura...

Fatal Frame III - The Tormented


Quando pela primeira vez me interessei pra valer em jogos de PlayStation 2 foi na casa de um amigo, com um jogo chamado Fatal Frame II - The Crimson Butterfly.

O jogo era simplesmente impressionante: duas irmãs gêmeas muito jovens andavam por uma vila japonesa abandonada, velha, escura, destruída pelo tempo e repleta de fantasmas vingativos que bradavam por sangue e sacrifício. Como arma, elas possuíam apenas uma câmera obscura, uma máquina fotográfica especial feita para exorcizar e aprisionar espíritos.

Ele me marcou tanto que baixei para jogar no PS2 do meu cunhado, e cheguei quase até o final, aos trancos e barrancos. O jogo era aterrorizante demais. Eu ficava num suspense absurdo o tempo todo, uma tensão monstruosa. Teve momentos de prender a respiração, de disparar o coração, de tremer todinha. Com esse diabo desse jogo, até gritar junto já gritei.

Recentemente, quando afinal obtive meu próprio PS2, tratei logo de baixar o jogo seguinte da série - Fatal Frame III - The Tormented. A história é ligeiramente diferente... é sobre uma mulher, Rei, que é fotógrafa e perdeu seu noivo em um acidente de carro, e nunca se recuperou disso. Ela sai para fotografar uma casa abandonada que dizem assombrada, lá tem uma visão de seu noivo morto e, a partir daí, começa a sonhar incessantemente com essa casa... sonhos em que ela encontra a câmera obscura e a usa para encarar os fantasmas e sair viva da história. Aos poucos, a história vai falando de outras pessoas que sonham com a mesma casa... algumas delas tendo sofrido alguma espécie de desaparecimento provocado pelo sobrenatural.

O jogo é apavorante e, por isso, maravilhoso, to viciada. Só não consigo jogar de noite, ou sozinha no quarto. rsrsrsrsrs


quarta-feira, 21 de maio de 2008

Bebê Francisco

Um curta do sobrinho, pra animar o blog /o/



Agora, repitam comigo _o/
Eu babo,
Tu babas,
Todos babam \o/

E vai me dizer que não é pra babar???? *morre de paixão*

Pra completar, fotinho de hj:

O amor da vida da tia, tomando solzinho da tarde (L)

terça-feira, 20 de maio de 2008

(Re) configurando...

Liberei os comentários anônimos no blog. Tudo pra minha amiga Bia poder comentar 8D

Outro assunto...
Hoje era aniversário do CAp, ia ter festa e tal, e como não to lá mto boa pra festa, fiquei de bode em casa. Aiai, que enjôo da vida...

domingo, 18 de maio de 2008

Incompletude


Às vezes acho que o que me condena, no fundo, é pensar demais... às vezes nem eu mesma sei o que quero.

Acho que é destino humano sentir-se sempre meio vazio. É como se sempre faltasse algo, sempre houvesse um vácuo por dentro que nada poderia preencher...

Lembro muito de quando primeiro identifiquei esse estranho vazio, eu era ainda pré-adolescente, com todos os meus medos ilógicos e sonhos impossíveis. E minha mãe cantou pra mim, naquela ocasião, uma música do Djavan que diz "Vou andar, vou voar/ Pra ver o mundo/ Nem que eu bebesse o mar/ Encheria o que eu tenho de fundo." E então, me explicou que só se sente vazio quem é profundo...

Lembro também de como essa sensação de incompletude tornou-se uma espécie de solidão interna. Depois de um tempo, foi como se se instalasse dentro do meu peito algo que era como uma imensa saudade de mim mesma. Era como se eu estivesse permanentemente sozinha, não importando quem estava à minha volta, fosse minha melhor amiga, fossem meus pais, fosse a minha galera da adolescência, que me fazia tão feliz.

Daí em diante, a busca girou em torno de uma coisa só... matar a solidão.

Na minha vida, nunca fui muito de sofrer por amor. Lembro que sofri horrores quando eu tinha 11 anos e era apaixonada pelo Shiryu de Dragão, dos Cavaleiros do Zodíaco. E chorei um pouco quando me dei conta que um cara que eu gostava me via como um objeto descartável. Mas, nas vezes que mais sofri "por amor", já me dei conta, minhas lágrimas eram invariavelmente pela contraparte "amizade" da história. Sofri muito quando minha melhor amiga ficou com o cara de quem eu gostava... por causa da amiga, não pelo cara. Também chorei rios quando meu namoro com meu melhor amigo não deu certo... porque perdi a amizade dele, não pelo namoro em si.

Em suma... a maior origem da minha dor sempre foi a amizade... amizade... essa palavra tão típica da adolescência, tão superestimada, tão linda. Pra você, o que é amizade?

Pra mim é uma palavra que representa um sentimento de bem-querer... um amor profundo, sem barreiras e sem limites, que você pode sentir por uma pessoa, e que a torna tão sua que é como se o sangue que corre nas suas veias fosse o mesmo que o nas dela. É um desejo de estar perto, de somar, de dividir e de trocar tudo com a pessoa, experiências, idéias, sonhos. Sabe que, pra mim, amizade é um troço tão importante que eu nem consigo pôr em palavras o total sentido que eu vejo?

Mas voltando ao sentimento de incompletude. Por algum motivo maluco, eu sempre tentei reduzir essa solidão interna através de amizades muito profundas. Sou daquelas pessoas que se doam completamente, se entregam às amizades. Meu ideal logo tornou-se encontrar a Amizade Verdadeira, uma pessoa que me entenderia completamente, me apoiaria quando eu precisasse, cuidaria de mim e deixaria eu cuidar dela. Uma pessoa que teria sempre tempo pra mim, que sempre acompanharia minhas idéias loucas e nunca me desapontaria... enfim, uma pessoa que não existe. Que não tem como existir. Que, na melhor das hipóteses, viveria na minha imaginação.

Dá pra imaginar o grau de frustração? Frustração imensa, massiva, palpável. Frustração aos litros, às toneladas. Metros e metros de frustração. Frustração até dizer chega.

A certeza da frustração é tão grande, tão clara, que chega a ser maluquice insistir num negócio desse. Eu sou doida só de pensar em tentar. No entanto, com meu cérebro de ser humano idiota, imperfeito, limitado, é só o que eu faço, continuamente, todos os dias. E assim caminha a humanidade, não é mesmo? Não há o que se fazer.

Por isso, digo que penso demais. O vazio persiste. Continuo sozinha dentro de mim mesma. A concha. Ainda sou a concha.

Só um momento da minha vida não senti essa solidão devoradora... em setembro de 2003. E essa é uma proeza que não me imagino capaz de repetir. Mas deixa essa história pra outro post. Já falei demais.

sábado, 17 de maio de 2008

Corset, corset, corseeet!!!

UHUUUUUUUUU \o/

Meu corset chegoooooooou /o/

Fotos, fotos:

Visão de costas /o/


De frenteee \o\


Olha a etiqueta ali, ó \o_ corset by Madame Sher ^__^


Gente, é simplesmente um sonho! Muito fodástico meeeesmo, cs não calculam! rsrsrsrs Até tava um pouco insegura, pq é mei carinho, dava medo de não gostar, sabe? Mas eu gostei demais! *o* E o noivinho adorou (L)

*morre de amores*


PS: se quiser encomendar o seu, vai no site da Madame Sher - http://www.madamesher.com.br

O Ocaso do Dia



The Dimming of the Day
(tradução)

"Essa casa velha está caindo em torno dos meus ouvidos...
Estou me afogando em um rio das minhas lágrimas.
Quando toda a minha vontade se foi, você me direciona,
E eu preciso de você no ocaso do dia.

Você me influencia como a lua influencia as marés
Você sabe exatamente onde eu guardo meu melhor lado...

Que dias vieram para nos manter separados
Uma promessa quebrada ou um coração partido...
Agora todos os belos pássaros se foram,
E eu preciso de você no ocaso do dia...

Venha boa Noite, você é tudo o que eu quero.
Venha boa Noite, você pode ser minha confidente...


Eu te vejo na rua acompanhado,
Por que você não vem sossegar sua mente comigo?

Estou saindo pela noite, nós sairemos às escondidas...
E eu preciso de você no ocaso do dia,

Sim, eu preciso de você no ocaso do dia..."

{The Corrs}

75% Irlandesa




You're 75% Irish



You're very Irish, and most likely from Ireland.

(And if you're not, you should be!)



Fiz esse teste em 2006 e deu 65%. Será que o tempo tá me deixando mais irlandesa? @@"

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Deixa



"Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém

Que não me dissesse nada

Não me perguntasse nada também...
Que me oferecesse um colo ou um ombro,
Onde eu desaguasse todo desengano

Mas a vida anda louca,
As pessoas andam tristes,
Meus amigos são amigos de ninguém.

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior

Pra entender porque se agridem,
Se empurram pro abismo,
Se debatem, se combatem sem saber...

Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar,
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir...
Minha dor...
Eu não consigo compreender,
Eu quero algo pra beber,
Me deixe aqui pode sair...

Adeus."

quinta-feira, 15 de maio de 2008

De molho

Não tem jeito, gente. Ficar doente é um porre.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Momento Lumière

Estagiar no CAp UFRJ é muito interessante, principalmente se você é licanciando de Artes, eu acho. Primeiro porque as salas de arte são um sonho: arejadas, espaçosas, com mesas grandes, bancos adequados e armários fascinantes, cheinhos do mais variado material pra artes, completíssimos. Além disso, as turmas são pequenas, os programas de aula são ricos, e os alunos, ainda que bagunceiros, levados e agitados, são relativamente interessados! rsrsrs

Os currículos de Ensino Médio, especialmente, são bem interessantes, porque são divididos por oficina. A turma de Ensino Médio que peguei nesse meu estágio, a 21C, está na Oficina de Cinema e Animação, o que significa que eles estão estudando história em quadrinhos, planos de enquadramento, imagens encadeadas, história do cinema, ilusões de ótica, aparelhos de registro da luz e do movimento, etc, etc, etc.

O exercício da semana passada foi fazer um filme no estilo dos Irmãos Lumière, registrando um movimento cotidiano de dentro da própria escola. Essa semana, eles puderam ver os filmes, adicionar título, crédito e efeitos. Foi bastante divertido. E semana que vem será ainda mais divertido, já que eles poderão exibir seus filmes na festa de aniversário da escola.

Nós, licenciandos, acompanhamos o processo dos alunos, e pudemos fazer nossos filmes em dupla. O que eu fiz chama-se No Portão, e eu pus no YouTube pra poder mostrar ^_^



PS: O menino que aparece no filme é de uma das outras turmas que estagio, a 17A. O nome dele é Daniel, ele desenha muito bem e é bastante agitado. Ele viu que eu estava ali filmando e veio se comunicar rsrsrs

Irmãos Lumière



Considerados os pais da Sétima Arte, Auguste e Louis Lumière viveram na cidade de Lyons, na França, no fim do século XIX. A eles é atribuída a invenção do Cinematógrafo, uma máquina de filmar que também era um projetor. Com ele, fizeram uma série de filmes curtos, de cenas cotidianas em movimento.

O primeiro exibido publicamente é um que mostra os operários saindo da fábrica (La Sortie de l'usine Lumière à Lyon - A Saída da Fábrica Lumière em Lyon), que na época foi encarado como um prodígio, todas aquelas pessoas em movimento. Todos os seus filmes, na época, tiveram um forte impacto na cultura ocidental, e são referenciados até hoje.


O Cinematógrafo Lumière


Eram filmes curtos, mudos, em escala de cinza, que mostravam uma cena do cotidiano, sem edições ou cortes, em que o cinematógrafo era mantido na mesma posição do início ao fim. Hoje em dia são considerados "documentários", embora na época a intenção fosse apenas a de experimentar e divulgar o Cinematógrafo. Os filmes dos Irmãos Lumière só foram obter uma atenção específica para o que estava sendo filmado mais para o fim de sua produção, em que ensaiaram cenas de comédia. O filme de ficção, na História do Cinema, tem outro pai, também francês: Georges Méliès, o Ilusionista.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Kuroi Namida



{Anna Tsuchiya inspi' Nana - Black Stones}


Lágrimas Negras.

"Eu não consigo contar as noites
em que desejei que o amanhã não viesse
Eu perdi meus sonhos e meu amor;
lavada pela chuva, estou chorando, chorando, chorando...

O que preciso fazer
Para poder viver como sou, sem usar máscaras?
Eu não consigo nem acreditar em mim mesma,
então no que devo acreditar?
A resposta está tão próxima que não consigo vê-la.

Eu choro lágrimas negras
Não tenho nada, estou tão triste
Sem nem ao menos conseguir colocar isso em palavras.
Meu corpo inteiro começa a doer
Eu não aguento ficar sozinha.

À noite, cansei de chorar e desenhei meu rosto, mas não era meu rosto
Eu preciso parar de esconder minha fraqueza com um sorriso

É a coisa mais difícil do mundo
Viver sem máscaras?
Se eu puder ter algo seu, eu quero algo impalpável
Não preciso mais de coisas que se quebrem...

Mesmo que eu chore lágrimas negras e grite
O amanhã virá com uma face desconhecida
E eu estarei com a mesma dor.
Se esses dias vão continuar
Então eu quero ir para bem longe,
Embora eu saiba que é egoísta da minha parte..."

Na pressão

O princípio básico da Litografia é uma lição fundamental de química, tão simples que já virou ditado popular: a água e a gordura se repelem.

A idéia é que, se fixarmos uma imagem qualquer usando material gorduroso sobre uma pedra calcária hidrófila, podemos nos aproveitar dos princípios de repulsão entre água e óleo pra imprimir essa mesma imagem numa folha de papel quantas vezes quisermos. Complicado? Pior que é. Muito mesmo. Nem consigo explicar. Ainda bem que existe wikipedia, e eu posso deixar esse link, que eles explicam por mim. ^_~

Mas enfim... Tô fazendo Lito na facul, e comprovando que essa é a matéria mais complicada do meu currículo. Porque o tempo é curto, o trabalho é árduo e muito, e a avaliação é muito exigente. O processo de gravação na pedra é lento e demorado, com muitas etapas, e ainda exige muito da gente na parte do desenho. Eles exigem desenhos muito bem-feitos e detalhados. Simplesmente não dá tempo de fazer tudo na aula e, como não dá pra levar a pedra pra casa, temos que ficar indo no atelier fora de horário pra ver se dá pra adiantar o trabalho.

E tudo isso, sem contar a impressão.

Hoje, eu fui lá imprimir meu segundo trabalho (eles exigem quatro). Foram seis horas de pura ralação. É um tal de corta papel, molha papel, passa goma na pedra, passa aguarrás na pedra, passa esponja na pedra, molha pedra, entinta pedra, tira excesso, limpa, coloca papel, baixa alavanca, gira manivela, aiii que dureza!, levanta alavanca, puxa bandeja, levanta papel, vê a impressão, folha de rosto, mata-borrão, tímpano, drogaaaa a marcação saiu do lugar!, marca de novo, começa tudo outra vez.

Resumindo, é um deus nos acuda. A prensa é tão dura que a gente usa o nosso peso pra puxar alavanca e girar manivela. Depois, os músculos viram inferno puro. Tô me sentindo como se tivesse passado por uma sessão de tortura medieval no cavalete. Ainda mais que o stress é grande, o tempo voa, e seis horas viram seis minutos. Saldo final: 11 impressões e músculos doloridos. Banho, dorflex e cama!

Mas, quer saber? Tô me amarrando.

Novamente

"Me disse vai embora, eu não fui;
Você não dá valor ao que possui.
Enquanto sofre o coração intui
E ao mesmo tempo que magoa...
O tempo... o tempo flui.
E assim o sangue corre em cada veia,
O vento brinca com os grãos de areia...

Poetas cortejando a branca luz
E ao mesmo tempo que machuca,
O tempo... me passeia.

Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim,
Também desata os nós...
Quem sabe soletrar "adeus"
Sem lágrimas nenhuma dor?

Os passáros atrás do sol,
As dunas de poeira...

O céu de anil no Pólo Sul,
A dinamite no paiol...

Não há limites no anormal...
É quem nem sempre o amor...
é tão azul...

A música preenche a sua falta,
Motivo dessa solidão sem fim...
Se alinham pontos negros de nós dois,
E arriscam uma fuga contra o tempo...
E o tempo salta..."

domingo, 11 de maio de 2008

Decoração


...E é verdade que eu não sei viver sozinha. Que eu amo gente. Que algumas pessoas são tão importantes dentro de mim que chega a doer. E é verdade, também: não sei dizer adeus...

Sabe, nos últimos anos tem havido na minha vida grandes mudanças. Pessoas que eram os pilares da minha existência tornaram-se verdadeiros estranhos para mim. Vi os pilares virarem pó. Vi o tempo passar e os ventos de mudança levarem o pó embora. Vi as águas correrem e lavarem o gosto amargo da boca. Vi que, com o tempo, as lembranças ruins vão perdendo as cores... vão ganhando os contornos de um retrato em sépia... tornam-se apagadas... antigas.

E, de repente, a magia ocorre. De repente, passamos a nos lembrar muito da beleza que havia. Os cheiros e sabores tornam-se inesperadamente doces. Ao invés de lembrarmo-nos do pó, em nossas mentes persiste a imagem dos pilares em toda a sua glória. E as pessoas deixam de ser uma lembrança dolorosa, para se tornarem uma doce memória de amor. Começamos a sentir saudade. E o tempo, aquele vilão, torna-se um valoroso aliado.

Com tudo isso quero dizer apenas uma coisa: a mágoa se desmancha com o tempo. O coração é uma casa nobre, capaz de guardar apenas aquilo o que o faz sorrir. E as pessoas que eu perdi, aquelas que tanto amei e ainda amo, serão minhas para sempre de um jeito muito fundamental. O melhor delas vive e respira dentro do meu ser, e é esse melhor lado que levarei comigo eternamente.

...e enquanto isso, cicatrizem-se velhas feridas. Criem-se novos amores. Ergam-se novos pilares.

Eu amo gente. Tem gente que eu amo demais, chega a doer. E tem gente que amarei para sempre.

Definindo

en.ci.clo.pé.dia
s. f. Conjunto de todos os conhecimentos humanos.

psi.co.dé.li.co

adj. 1. Aplica-se, originalmente, às drogas que provocam alucinações. 2. Qualifica as variadas sensações, especialmente visões coloridas, experimentadas pelas pessoas sob o efeito dessas drogas. 3. Referente a roupas muito coloridas e a filmes, bares, restaurantes etc., desde que sua decoração ou atmosfera lembre as alucinações causadas por essas drogas.