segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Análise



Precisamos conversar. *Deita no divã, com um olhar exausto e perdido*

Sabe o que é? Tenho precisado muito conversar com alguém a respeito das coisas que tem acontecido... só que terapia é muito caro e, no fundo, não tenho tempo sobrando pra resolver isso com um profissional. Então, restam vocês, que lêem (ou não) as besteiras que escrevo aqui no blog.

O que acontece é que eu trabalhei feito louca na faculdade, pra que o último período fosse tranquilo. Deixei pra reta final apenas quatro das matérias mais leves e gostosas, juntamente com o finzinho do estágio. Fiz tudo o que pude para, nesse segundo semestre, tudo correr com suavidade e rapidez, como um expresso sobre trilhos bem lubrificados.

Acontece que, logo de cara, meu emocional sofreu o baque do falecimento da vovó. Eu sei que luto é luto, e por mais que ele seja uma parte importante do processo de perder um ente querido, não deve ser alongado desnecessariamente. E eu não o estou alongando. Mas também não dá pra fingir que a morte da vovó não teve um impacto emocional em tudo o que vim fazendo de lá pra cá. Afinal, ela era muito importante na minha vida, e volta e meia me pego desejando que ela estivesse aqui, por esse ou aquele motivos.

E depois, o estágio em si. Fui arrumar uma professora-regente absolutamente castradora e exigente, em termos que simplesmente não combinam com a minha filosofia pessoal. Nessa brincadeira, eu fui me sentindo cada vez mais insegura, e agora me pego hesitando diante das duas provas-aula que ainda tenho pela frente, sob a avaliação dela. Hesitar não é um hábito meu. Eu eduquei a mim mesma, através dos anos, a ser uma lutadora. Se meu golpe falha, minha reação condicionada é continuar batendo até acertar.

Aí, surgiu a proposta da prof. Geisa, da minha ex-escola de 2º grau, de ir dar aula de desenho artístico para os alunos, como preparatório para a prova de desenho que acompanha o vestibular para os cursos de artes. Topei. E lá se foi mais uma tarde da minha semana.

Logo a seguir, sugiram dois trabalhos de design imensos (identidade visual do zero, vários materiais impressos e, num caso, design digital). Não posso recusar trabalho nenhum e, por mais que eles sejam assustadores e o prazo não seja nada atrativo, tive que aceitar. Até porque, minha faculdade é integral, não tenho tempo para ter um emprego fixo, freelance é minha única opção e eu realmente preciso de dinheiro. Os trabalhos que eu consigo são raros, no máximo dois por ano, então preciso aproveitar. E meu tempo, que já era curto, simplesmente desapareceu.

Agora, me pego faltando aulas das tais quatro matérias leves da faculdade simplesmente porque se eu não faltar, não tenho como preparar a identidade visual de um dos trabalhos, ou o plano de aula da próxima prova-aula. E o pior é que me sinto totalmente insegura, emocionalmente instável e sem ponto de apoio ou de equilíbrio. E isso faz com que meu rendimento caia imensamente.

Pra completar, estou numa TPM absurda há semanas e a filha da puta da menstruação não vem. E suspeito que muito da instabilidade emocional (a parte que não associo com a morte da vovó) vem daí, da TPM eterna. Simplesmente não sei mais o que fazer. Só me sinto feliz jogando The Sims, e suspeito que seja porque a vida simulada é muito mais simples e gostosa...

*Se morre*

Isso que eu ainda quero estudar pra dois concursos que eu sei que vão rolar agora, e me organizar pra fazer mestrado e curso de violino ano que vem.

Não sei de onde vou tirar tempo (e disposição) pra tantas tarefas e tantos planos... quando na verdade o que eu queria mesmo era virar um sim, montar uma casinha bonitinha em Estranhópolis e fazer amizade com os meus vizinhos extraterrestres. ;-;

3 comentários:

Petit Désir disse...

"Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.

Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar;
tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora;
tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz".
- Eclesiastes 3:1-8

Anônimo disse...

Saber que você é muito amada e que eu estou com vc, mesmo que seja em sentimentos, ajuda?

E saber que você é muito forte, por mais que duvide disso, ajuda?

Espero que sim, meu amor, pq isso é verdade.

Bia

Unknown disse...

esqueça a minha mão. esqueça a pedra.
equilibre-se e seja.

beijo, moça.